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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Recém-formados enfrentam dificuldades para colocação



Ellen Rodrigues


Qual a fórmula para garantir um lugar no mercado de trabalho ao concluir a faculdade ? A potiguar Marília Ottoni, 27, busca a resposta no empenho à carreira de farmacêutica desde 2005, quando se graduou na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Ela ainda tenta uma vaga em um laboratório farmacêutico de São Paulo, onde mora atualmente com o marido.

Especialista em Análises Clínicas, ela relata o preconceito enfrentado na região de São Carlos, que fervilha de laboratórios bioquímicos e oportunidades. “Nas entrevistas em que vou, vejo sempre pilhas de currículos juntos ao meu. Já perdi vaga para egressos de faculdades paulistas consideradas fracas no ensino, mesmo eu tendo me especializado dois anos em um laboratório da cidade. Lá, a UFRN não é referência, e meu sotaque é outro empecilho”, diz.

Há alguns anos, um diploma universitário abria portas. Hoje, a colação de grau e especialização não garantem sempre bons empregos. O superintendente regional do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/RN), Hélder Maranhão, aponta as áreas de Biologia, Serviço Social, Física e Química com menor oferta de vagas.

Mesmo sem receita pronta para o sucesso, o caminho para aumentar a empregabilidade é trilhado a partir da universidade. Uma pesquisa realizada pelo Instituto TNS InterScience atesta que 64% dos estagiários no país são contratados após o término do período de treinamento prático. O dado comprova o valor do estágio, que facilita sobremaneira a entrada do jovem no mercado, a inclusão de um ou mais estágios realizados é considerada por recrutadores como a desejável experiência prévia.
A busca por uma boa colocação também faz parte da vida da jornalista Marília Betânia Monteiro, que colou grau em 2004. Para ela, as dificuldades são inerentes ao mercado pelo qual optou. “Nenhum jornalista em sã consciência, desempregado, pode falar de oportunidades no mercado. A demanda é infinitamente menor do que a oferta de profissionais e, os baixos salários desestimulam”, diz.
Betânia acredita que a popularização da internet melhorou a situação dos jornalistas, mas apenas para quem atuava informalmente. “Para completar, há a não obrigatoriedade do diploma de nível superior”, diz.

Afinal: o que o candidato pode fazer para evitar o fantasma do “desemprego” ao final da graduação? “Aperfeiçoar-se a cada instante. Buscar novos conhecimentos e novas tecnologias, insistentemente”, elenca Hélder Maranhão.


Especialista enumera áreas em alta


Ao contrário da esposa e farmacêutica Marília Ottoni, o doutorando em Engenharia Civil, Fagner França, prefere manter-se longe do mercado. Por enquanto. É que a área de estudo dele - geotécnica - deve abrir portas sem tanto esforço. “Percebi que não queria atuar necessariamente em obras ainda na faculdade, depois de trabalhar oito meses na área”, relata.

“Então, me voltei para a área acadêmica e sou bem mais feliz. A mão de obra de geotécnica é escassa até para dar aula: é emprego procurando gente”, faz o trocadilho. Fagner faz parte de uma das áreas com maior demanda de postos de trabalho.

Além da Engenharia Civil, a lista traz graduações de Administração de Empresas, Ciências Contábeis, Informática, Direito e cursos ligados à tecnologia da informação e da comunicação.

Fonte: Tribuna do Norte (Natal)

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