Uma pesquisa, divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que, nos últimos dez anos, a média de tempo de estudos da população com idades entre 15 e 24 anos cresceu de 6,8 para 8,7 anos. Para os jovens com idades entre 25 e 29 anos, a média cresceu 3,2 anos a mais que a população com mais de 40 anos.
A pesquisa foi realizada com a parcela da população entre 15 e 29 anos, soma que hoje representa 26,2% da sociedade, num total de 49,7 milhões de pessoas.
Além do aumento no tempo de estudo, a pesquisa aponta que a taxa de participação dos jovens entre 15 e 17 anos no mercado de trabalho caiu de 45% em 1998 para 37% em 2008.
Mas a pesquisa não traz apenas boas notícias. Entre os jovens de 15 e 17 anos, apenas metade frequenta o ensino médio na idade adequada e o ensino superior é realidade para apenas 13,6% da população com idade entre 18 e 24 anos.
Alexandre Junckes Pinotti, 23 anos, é exemplo dessa parcela que preferiu passar mais tempo na sala de aula. Ele concluiu o curso de engenharia elétrica na Udesc em agosto e já iniciou o mestrado na área.
Durante toda a graduação, ele deu preferência aos estudos – foi estagiário de algumas empresas e bolsista na universidade, mas ainda não teve a primeira assinatura na carteira de trabalho.
O mercado de trabalho vai ter que esperar Alexandre por mais tempo. Até a conclusão da pós-graduação, em 2011, Alexandre ainda deve permanecer entre os laboratórios da Udesc.
No futuro, ele pretende trabalhar na área de desenvolvimento e tecnologia.
Mas ele sabe que, para conquistar este trabalho, só com alguns anos a mais de estudo.
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